Não, querido: não quero não, não quero.
Já disse que não quero.
Não quero o teu amor nem ser sua namorada.
Não me venhas com suas suplicações,
Nem com suas lógicas.
Eu não quero você e não quero ser sua.
Mas a minha loucura me faz fingir que sim.
Eu quero o que meu consciente, em sua
Sã inconsciência, tanto deseja e necessita.
Quero ser dele, quero ele para mim.
Quero sentir os lábios dele junto aos meus
E o toque suave das pesadas mãos
Sobre o meu corpo tocar.
Quero desafiar a sociedade,
Desafiar a tudo e a todos.
Não quero o fácil, o banal.
Quero sentir o gosto da vitória,
De tanta luta que luto na guerra
De meu amor por ele.
Não, querido: não quero você, nem o seu dinheiro.
Quero a minha felicidade,
Que só terei ao lado dele.
Me entenda, amigo, eu não amo você.
Quem eu amo, te digo, está longe;
Mas a distância entre ele e eu
Não é maior do que a doença que sinto por ele.
Não me interprete mal, menino,
Mas você é muito imaturo e novo para mim,
E eu não gosto de você.
Eu gosto é dele!! Por mais proibidos
Que sejamos um para o outro...
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